Algumas horas separam as duas fotos acima… E o que poderá isto ter a ver com viagens? Com aquelas que conhecemos, de facto, não tem. Não há destino terreno reconhecível, nem história no sentido histórico da palavra a apresentar.
Por isso, se estiverem dispostos, acompanhem-me num breve passeio por um caminho rabiscado á pressão pelo Universo das possibilidades.
Quer sejamos, animais, humanos ou não, vegetais, bactérias, qualquer ser que tenha vida, a base do ADN é exactamente igual. Resumindo bastante, o que origina as diferenças entre todos os seres vivos não é aquilo que se considera como a base do ADN, mas sim a ordem em que os A-T e os C-G se ligam e/ou repetem. A espiral sagrada do ADN, transporta na sua grande maioria a mesma informação, independentemente da espécie de que falamos. Difere a ordem porque é lida, a sequência de ligações e consequentemente a maneira como é interpretada pelas nas nossas células (que são por si só seres vivos) e finalmente projectada no nosso cérebro.
Isto poderá querer dizer que todos temos a mesma linguagem e que teremos a habilidade de nos entendermos “facilmente” desde que estejamos abertos a isso? Isto poderá dizer que nas gravações de informação que a nossa fita de ADN contém podem estar milénios de aprendizagem á espera de ser “ouvida”? Há quem defenda que sim. Eu começo a acreditar que sim.
A imagem “A” foi tirada hoje às 6.30 da manhã, ao preparar-me para sair de casa a minha gata empurrou ambas as suas caixas de viagem para a porta, ao que lhe respondi que não a podia levar hoje e ela foi, aquilo a que claramente se pode chamar de resmungar para outro canto.
A imagem “B” foi tirada ao final do dia pelas 18H. Uma prenda ao chegar a casa.
Podemos falar de acaso, podemos falar de “vingança” eu prefiro ver como um acto de frustração de um ser que esteve fechado em casa o dia inteiro e entreteve-se como pode. Mas aquele virar de costas com orelhas torcidas para trás á medida que se afastava enquanto lhe perguntava “o que é isto?”, esse virar de costas diz tudo! Diz muito.
Sim, pode ser isso, ou simplesmente sou “mais uma daquelas que mora com um gato”. Mas tirando aquilo que parece óbvio do filtro óptico, não seria muito mais fantástico termos a possibilidade de entendermos todos os tipos de linguagem sem precisarmos de alfabetos. E se todos os dicionários de que realmente precisamos estivessem dentro de nós? E se as nossas fitas de ADN tivessem escondidas a maior viagem de sempre? Ao infinito das possibilidades sem sair do planeta Terra. E se quando o vosso cão ladrasse vocês ouvissem exatamente aquilo que ele quer dizer e não aquilo que o ladrar suspostamente quer dizer. Poderá esse descodificador estar algures escondido entre A-T e C-G? E o que é que o pode desbloquear?
Enquanto isso não acontecer, vou esperando pelo próximo passeio, vou tentando descodificar pequenos códigos do dia-a-dia entre espécies e talvez um dia consiga a mais fantástica viagem possível no mundo físico.
Bom 2019! Até breve! 😉
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