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O feliz instinto animal.

Foto do escritor: Carl.AventuraCarl.Aventura

Confesso que apesar das excelentes manobras do piloto durante a exibição de moto-náutica inserida no Moto’R Show em Coimbra, que decorreu neste passado fim-de-semana, aquilo que me captou a atenção foi este casal de patos, no canto inferior da imagem.


Durante todo o tempo da exibição, aguardaram serenamente a sua vez de entrar na água. Calmante, sem esvoaçar, sem sustos, sem barulho, como quem tem a perfeita noção de que em breve irá terminar e já podem voltar aos seus afazeres diários.

Enterneceu-me principalmente o modo como o pato grasnava baixinho de cada vez que a pata se aproximava um pouco mais da beiro do rio. Como quem diz, “cuidado”, “não vás ainda”…


O carinho que demonstravam um pelo outro quando ela voltava para trás depois de ele a chamar. Deram umas bicadas suaves um no outro, ela abanava a cauda e olha directamente para ela como quem diz “sim eu sei…”, e ficaram ali, arriscava dizer que também estavam a apreciar as manobras, descansadamente até que por fim puderam entrar na água.


Seguiram os dois a grasnar, penso que iam felizes e sempre sem pressas…. Contrastando com o casal humano que passou atrás de mim, em que ela respondeu “eu é que sei? Pensasses nisso antes de teres vindo.”


Sem dúvida nenhuma que o “instinto animal” se mostra cada vez mais superior e digno de adoração em comparação aos “sentimentos humanos” ... Sim, claro… claro que há excepções, mas onde é que normalmente precisamos de apresentar esse argumento como justificação?


Pois é… Quac, quac … E sim, os patos felizmente são eles. Ainda bem que o são.

O feliz instinto animal

 

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