O que é isso de despir a alma?
É isso mesmo. É não saber para onde foi a “roupa” que ainda há pouco se tinha. É sentir o vidro á nossa volta partir-se com um espectro que a memória nos mostra, ou uma voz gravada que não é música senão para os nossos ouvidos e que nos faz virar a cabeça mesmo sabendo que não está ninguém em volta, ou para os sortudos, a cada passo que dá na nossa direcção.
Até que naquele espaço medido por um palmo, não há mais vidro.
Está-se despido. Quer se queira, quer não.
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