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  • Foto do escritorCarl.Aventura

"A jierro" Sevilha

Nada mais Português que visitar Espanha no 10 de Junho, mas valores mais altos se levantaram como por exemplo de ser o único feriado livre que iria ter durante os próximos tempos e por isso há que malhar no ferro enquanto está quente, e eu estou viva é agora, amanhã não sei.


Fui de carro, gosto de conduzir e por isso sair na 6ªF de madrugada fazer á volta de 500km (mais coisa menos coisa) e regressar no Sábado é coisa que não me assusta e faço com bastante gosto, haja dinheiro para pneus e gasóleo.


Fiquei com mil e um motivos para voltar a Sevilha mil em uma vezes ou mais se possível for. Maravilhada e apaixonada, o que para mim é muito raro. Gostar de alguma coisa é-me fácil, já maravilhar-me é tão raro como o alinhamento de cinco planetas que só acontece de 18 em 18 anos. A primeira visita foi em criança pelo que não tenho memórias, mas o nome desta cidade sempre me “fez cócegas” nos ouvidos e desta vez aconteceu.


O meu objectivo principal era conhecer a Praça de Espanha que não perde força, nem brilho em fotos, pelo que pude constatar em pessoa. Esta cidade é decididamente morena, tudo flutua entre tons de amarelo, castanho e vermelho equilibrados pelos quilómetros de verde em jardins gigantes. Claro que acabei por ter tempo para passear e á noite passeia-se e bebe-se tão bem por ali.


Fiquei fã de “solomillo” grelhado, se bem que aqui para mim aquilo não é só grelhado que eu também grelho carne e não fica a saber assim…


Na manhã seguinte era suposto visitar a catedral, mas estava a decorrer uma cerimónia de ordenação de novos padres e só abria ao público á tarde quando estivesse já a fazer a viagem de regresso. No Real Alcazar a fila a torrar ao Sol era demasiado deprimente pelo que, enfim… na próxima voltarei no Outono ou Inverno para poder esperar na fila ao frio, porque com um ou dois casacos aos saltinhos e café quente uma pessoa ainda se consola, já a assar… nem por isso.


Uma curiosidade, a zona histórica estava enfeitada com bandeiras vermelhas com os dizeres “No” “Do” e uma espécie de símbolo do Infinito no meio (NO8DO), após alguma pesquisa fiquei a saber que é um símbolo recente adotado em 1995. Até essa data, o símbolo de Sevilha era uma bandeira vermelha com uma figura representando San Fernando III O Santo.


A cor vermelha, bordeaux ou melhor, carmesim para os puristas vem da bandeira antiga. NO8DO é conhecido na cidade porque é o seu símbolo desde o século XVI. Representa a subdivisão na palavra NÃO, o 8 que é um novelo de linha (há quem diga de cabelo) e a palavra DO, que segundo tradições populares significam “NÃO”, “novelo” (de fio) e “DO”, que lê “Não novelo” ou “Ele não me deixou”, que será o símbolo da lealdade do povo de Sevilha para com o seu rei Alfonso X que lá se refugiou aquando da revolto do seu filho Sancho IV.


E bueno… Quando puderem vão!








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